Maria Cereja

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

águas passadas

Na semana passada viveram-se dias turbulentos no mar da minha casa...Acontecimentos sucessivos fizeram-me rever o vasto leque de sentimentos humanos num relativamente curto período de tempo...
Na origem de tamanha agitação esteve a selva aquática da minha sala...
Nasceram peixinhos...ou olhinhos...não sei bem...a única coisa que se via eram imensos pontinhos pretos, pequeninos, lindinhos, no fundo da maternidade...
Admito que fui um dos elementos que potenciou o stress da peixarada mas estava fascinada com os meus primeiros peixinhos bebés...
Dormi na sala...adormeci fixada na maternidade...infelizmente o sono não foi pacífico...passei a noite quase toda a enxotar o idiota do limpa vidros que me sugou quase todos os bebés pelo fundo da maternidade...
Fiquei verdadeiramente devastada com a crueldade que se vivia no meu mar de águas calmas...o frenesim era mais que evidiente e restava-me preparar para o pior...
Tá visto que um limpa vidros não limpa só vidros...além de fundos, filtros, plantas... limpa também os seus camaradas...trata-se de um verdadeiro cleaner em toda a extensão da palavra...estava capaz de o fritar!
Preparei-me para o pior e tentei ensinar os pequenitos a dar à barbatana...:P
No final do dia quando voltei a casa ainda esperei alguns minutos antes de inspecionar a maternidade à procura de sobreviventes...
Odes, odes ao Hércules e ao Ulisses que já desenhavam vários Ss nas águas tépidas da maternidade!
Estou contente, é mesmo giro vê-los crescer:P
Nesta fase já não só olhos..já têm barriga, cauda e forma de peixe grande...só que em ponto...pequeno...
Valeu a pena:P

1 comentário:

Anónimo disse...

Por isso eu sou defensor das lagostas.
Com lagostas não era necessário limpa vidros.
Vivam as lagostas!
E sempre se poderia fazer uma festa com elas...

Neighbor of the world there alongside